E um dia um dos meus amigos desconhecidos surpreende-me com um carinho: um poema feito a pensar em mim, na minha história. Obrigada, Hung! Obrigada por gastares tempo comigo...
A Quimera
Imergi nums olhos
Femininos , que de tão azul
Esmerava pela luz
Levava-me a correnteza
Para um lugar chamado saudade
Cortada por um véu do tempo
D´ali tenho vagas lembranças
De todos que ali remaram
Simplesmente
Os quadros vão velados
A quimera posterioga
Nau que mão minha ancora
Não sabemos quando voltar poderemos
E tampouco o preço a pagar
Os viajantes envelheceram
Virginal inocência
Lá fora, está aos pedaços
Lá fora, fulmina violência
Não há para onde fugir
Não há a quem gritar
E sombras disformes vão parar
Dela, as lágrimas
Todos os sinais são brilho
Do instinto, não da razão
Espera-me, pois quando retornar
Voltarei mais forte
A rever-te.
Hung
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