segunda-feira, julho 24

E um dia um dos meus amigos desconhecidos surpreende-me com um carinho: um poema feito a pensar em mim, na minha história. Obrigada, Hung! Obrigada por gastares tempo comigo...




A Quimera

Imergi nums olhos
Femininos , que de tão azul
Esmerava pela luz

Levava-me a correnteza
Para um lugar chamado saudade
Cortada por um véu do tempo

D´ali tenho vagas lembranças
De todos que ali remaram
Simplesmente

Os quadros vão velados
A quimera posterioga
Nau que mão minha ancora

Não sabemos quando voltar poderemos
E tampouco o preço a pagar
Os viajantes envelheceram

Virginal inocência
Lá fora, está aos pedaços
Lá fora, fulmina violência

Não há para onde fugir
Não há a quem gritar

E sombras disformes vão parar
Dela, as lágrimas
Todos os sinais são brilho
Do instinto, não da razão
Espera-me, pois quando retornar
Voltarei mais forte
A rever-te.

Hung